Crise ganha proporção nacional: ex-presidente do CNS dispara contra privatização da Saúde na PB
Vergonha. Esta foi apenas uma das palavras usadas por um dos diretores do Conselho Nacional de Saúde, o ex-presidente da entidade, Francisco Batista Junior, para descrever o projeto do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), que autoriza a entrega de parte dos serviços de saúde, educação e meio ambiente as Organizações Sociais (OS).
Para Francisco, que é considerado uma das maiores autoridades do SUS no Brasil, o que se está fazendo em João Pessoa é um assassinato do SUS. "Os assassinos do SUS são tão covardes, que põem a polícia para reprimir a população quando ela quer se manifestar contra os projetos de lei". "Polícia cerca a Câmara Municipal de João Pessoa, impede o acesso da população e os vereadores aprovam as OS para o SUS na cidade. Vergonha!"
Natural do Rio Grande do Norte e conhecedor da realidade do SUS no Nordeste, Francisco vai ainda mais longe: "O projeto político de esquerda do nosso país enfrenta grave desgaste consequência dos governos "populares" piores que PSDB e o PFL/DEM", disparou. E mais: "Governos que se elegeram em estados com a bandeira da esquerda, se revelam piores, mais reacionários e autoritários que os conservadores".
Por fim, o diretor do Conselho sentencia: "O Brasil enfrenta o seu mais difícil momento. Tudo que foi construído e acumulado em defesa de um projeto popular democrático, está ameaçado".
Francisco Júnior é farmacêutico, dirigente da CNTSS, ex-presidente do Conselho Nacional de Saúde, atualmente membro da sua Mesa Diretora.
As declarações foram colhidas através do twitter do mesmo.