Falta de rampas e elevadores são alguns dos problemas enfrentados por pacientes com deficiência em unidades de saúde
Para analisar as dificuldades de acessibilidade aos serviços de saúde vividas por pessoas com deficiência, Shamyr Sulyvan Castro, do departamento de Fisioterapia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e colegas desenvolveram um estudo com 25 indivíduos com algum tipo de deficiência (paralisia ou amputação de membros; baixa visão, cegueira unilateral ou total; baixa audição, surdez unilateral ou total) residentes da cidade de São Paulo. Os resultados da pesquisa foram publicados em fevereiro deste ano na Revista de Saúde Pública.
Os autores contam no artigo que após analisar os discursos dos participantes identificaram diversidade quanto ao tempo de deslocamento, meio de transporte utilizado e necessidade de companhia. Segundo eles, cerca de um terço dos participantes relatou dificuldade em seu deslocamento para o serviço de saúde, metade dos entrevistados afirmou que necessitava de companhia e também aproximadamente metade deles utilizou meios de transporte coletivo.
“Com relação às dificuldades oferecidas de acessibilidade pelos serviços de saúde, houve relatos de demora no atendimento, problemas com estacionamento, falta de rampas, elevadores, cadeiras de rodas, sanitários adaptados e de médicos”, destacam os pesquisadores na publicação.
Os autores lembram que as dificuldades de acessibilidade relatadas pelos pacientes com alguma deficiência violam o preceito de equidade proposto pelo Sistema Único de Saúde. “A eliminação desses obstáculos poderia ter valor significativo para essa população na utilização dos serviços de saúde, proporcionando possibilidades igualitárias, quando comparadas com as pessoas sem deficiências”, consideram.
Fonte: WSCOM